segunda-feira, 7 de abril de 2008

FIM DE SEMANA DE MEDITAÇÃO, CAMINHADA, YOGA

3 e 4 de Maio (Sábado e Domingo)
Local- Montaria, Viana do castelo
Preço – 50€ (quarto)
45€ (camarata)
A chegada pode ser na Sexta à noite.
Para quem vier na Quarta à noite o preço será acrescido de 30€. Quinta Feira (feriado) é, no antigo calendário da religião da Terra, a festa ao Deus Bel (beltane). Com autorização da Junta de Freguesia de Montaria, iremos acender, de Quarta para Quinta, uma fogueira no cimo da Sª. Do Minho (860m) e celebrar.

Todas as refeições são vegetarianas

Programa:
Sábado
7h – mediatação Vipassana
8h 15m - pequeno almoço
10h – pequena caminhada (caminhada Vipassana)
13h – almoço
14h 30m – caminhada pela serra da arga. Durante a caminhada, aula de yoga com Lécio Ferreira
19h30m – jantar
À noite iremos ver o documentário “Doing Time, Doing Vipassana” (podemos ver na Sexta se já tiverem chegado todos).

Domingo
7h – meditação Vipassana
8h15m – pequeno almoço
10h30m – caminhada pelo rio Âncora
13h – pic nic (servido e trazido por Aventura Verde) junto ao rio
15h 30m – aula de yoga com Lécio Ferreira. Regresso a casa
19h – refeição quente ligeira
PELO TIBETE – POR TODOS NÓS


Sê humilde se não podes ter a sabedoria;
Sê ainda mais humilde quando tiveres conquistado a sabedoria.

Renúncia a um mau hábito, mesmo que ele tenha sido praticado pelos teus pais e teus ancestrais; adopta um bom costume, mesmo que ele seja praticado pelos teus inimigos.

No comer, no dormir, no ter medo, e no copular, os homens e as feras são iguais. Porque um homem, se não tem religião, não pode ser igual a uma fera?

A maior riqueza consiste em ser caridoso;
A maior felecidade ter paz de espírito.
A Experiência é o ornamento mais belo,
E o melhor amigo é aquele que não tem desejos.

“Tesouro precioso de ditos elegantes”, Lama Saskya, Tibete 1270 d.c.


Na década de 50 do século passado a China invadiu o Tibete. O 14º Dalai Lama, lider espiritual dos tibeteanos, não tendo o apoio de nenhum outro país e, não tendo um exército – porque nunca investiram na ideia de guerra e violência - vê-se obrigado a ir para o exílio na India. Os chineses não se limitaram a governar o Tibete: fizeram questão de destruir a cultura tibetana. Dos milhares de mosteiros que existiam antes da ocupação chinesa, restam meia dúzia; um milhão de tibetanos foram torturados – a grande maioria atê à morte por se recusarem a negar o Dalai Lama como seu chefe espiritual. Os tibetanos estão proíbidos de viverem a menos de 2km de Lassa, capital do Tibete e residência oficial do Dalai Lama. Os mosteiros da cidade – com excepção do Potala que virou centro turístico – foram deitados abaixo para se construirem centros comerciais ultra modernos. Já pouco resta da cultura tibetana no Tibete.
Quando os talibans destruiram os Budas no Afeganistão o mundo todo condenou tal acto; quando os chineses o fazem, dia apôs dia, ninguêm diz nada. Porque será?

Discute-se agora se será sensato boicotar os Jogos Olimpicos. Dizem que o desporto não é política e que não seria justo para os atletas que se esforçaram tanto nos últimos anos.
Os Jogos Olimpícos, são o único acontecimento desportivo que celebra a paz – todas as guerras paravam de 4 em 4 anos para essa ocasião - e que se baseia no encontro de diferentes povos, com diferentes tradições que se juntam para celebrar. Se o país organizador não respeita nenhum destes princípios, terá legitimidade para os organizar?
E o que dizer da justiça para com os tibetanos? É verdade que os atletas se dedicam exclusivamente a treinarem-se para esta ocasião e sofreriam com o seu boicote; mas e o sofrimento continuado durante décadas de um povo torturado, explorado, dizimado, esquecido? Afinal, só um dos atletas por modalidade poderá sair vencedor. Todos os outros serão perdedores – e é por eles que não podemos mostrar solidariedade pelos 5 milhões de tibetanos que sofrem há décadas?

Na verdade, os que mais perderiam com o boicote não seriam os atletas mas os patrocinadores. E mais uma vez vemos que, apenas o dinheiro interessa. As vidas humanas e a sua humanização não interessam aos políticos.

A questão do Tibete não é só uma questão dos direitos humanos. Todos os dias os tibetanos nos ensinam, pela prática do dia a dia, aquilo que muitos apregoam mas não praticam: a compaixão. A verdadeira não violência é o único caminho para a verdadeira paz e suspeito que, o Amor incondicional, seja o único ensinamento digno desse nome... Não é preciso ser budista (como eu não sou) para sentir - e saber – que estes valores são da máxima importância. Deixarmos que a cultura tibetana seja exterminada é deixar exterminar uma das melhores esperanças que nos resta para sobrevivermos enquanto seres de elevada moral e integridade. Seremos preguiçosos a ponto de sermos estúpidos?

Não deixe que os políticos nos vendam aos patrocinadores dos Jogos. Boicote o “made in china” e boicote os Jogos Olimpicos. Participe das marchas e vigilias contra a invasão e repressão chinesa. Como dizem os indios da tribo Osage “esforça-te por seres uma pessoa que não está ausente de um acto importante”.

“A injustiça, onde quer que se encontre, é uma ameaça à justiça em toda a parte”
Martin Luther King

Liberdade Para o Tibete - Porto



Descrição/tema do grupo:



Grupo para troca de ideias e organização de iniciativas na zona do

Porto, pela defesa dos direitos humanos no Tibete e pela liberdade

cultural e religiosa do povo tibetano.



(para se inscrever basta seguir os passos de introdução no grupo)



O grupo já está criado e a página é a seguinte:

http://br.groups.yahoo.com/group/tibete-porto/
DOS MESTRES

Thich Nhat Hanh é um monge budista vietenamita, poeta e activista dos
direitos humanos. Em 1967 foi indicado ao Prémio Nobel da Paz por
Martin Luther King. É autor de mais de 60 livros. Reside em Plum
Village, um centro de meditação em França e viaja por todo o mundo
conduzindo retiros na arte de viver em plena consciência. Escolhi este texto que me foi enviado pelo amigo Lécio da UBP porque podemos “usar” o ensinamento do conflito Israel/Palestina no conflito China/Tibete

Site de Plum Village:

http://www.plumvillage.org/index.html

Biografia de Thich Nhat Hanh
http://samoockah.blogspot.com/2006/11/thy-elementos-biogrficos.html

http://www.plumvillage.org/HTML/ourteacher.html





Era uma vez uma montanha onde muitos deuses viviam. Os deuses eram muito felizes. Eles pareciam não ter nada que fazer. Eles passavam uma grande parte do tempo sentados ou a caminhar. Havia um lindo riacho na montanha - a água era límpida e clara. Parecia que cada vez que alguém bebia daquela água se sentia leve e livre, sem desejo e sem raiva. Ao longo do riacho havia muitas cerejeiras que pareciam florir todo o ano e os botões de cerejeira caíam na corrente e seguiam junto com a água. Alguns deles viajavam bastante longe, até a cidade que ficava no sopé da montanha.

Existia um homem nessa cidade que sofria tanto que queria morrer. Um dia, ele viu uma pétala de flor de cerejeira na corrente e decidiu seguir o seu caminho até a fonte. Ele disse a si mesmo que iria encontrar a fonte, mesmo que levasse anos. Depois de muitos anos de caminhada, ele chegou à montanha dos deuses e eles o convidaram a aproximar-se, sentar-se junto da corrente e a tomar um pouco da água com as mãos. Depois de beber a água, o homem sentiu que não tinha mais desejo, nem mesmo desejo de cura e transformação. Ele sentiu-se muito cansado, não queria mais nada - queria desistir de tudo.

Ele deitou-se na margem do riacho e caiu num sono profundo. Durante o sono, a água continuou a trabalhar no seu corpo e na sua mente, transformando e purificando. Como ele se permitiu dormir profundamente, o trabalho de cura e transformação foi bastante fácil para ele. Ele não fez nada, apenas se deitou e permitiu que a água que havia bebido trabalhasse nele. Alguns dos deuses tomaram conta dele – pegaram em dois seixinhos que pareciam olhos de gato, foram ate ele enquanto dormia e trocaram os seus olhos pelos seixos. Agora ele tinha novos olhos.

O homem dormiu por muito tempo. Uma semana depois, ele acordou. Ficou de pé, viu o céu, as árvores como nunca tinha visto antes. Quando ele chegou, o céu e as árvores já estavam ali, mas ele parecia não ver da mesma maneira, pois agora tinha novos olhos. De fato, tudo nele havia mudado. Tinha agora novos ossos, novo coração, novos intestinos - estava completamente transformado. Sentia-se agora como se fosse um dos deuses e não queria mais ir embora. Ele disse: "Eu não quero voltar para casa, para aquele lugar, eu quero ficar aqui com vocês". Mas um dos deuses replicou: "Você tem que voltar para casa e ajudar o seu povo". E o homem disse: "Se voltar para casa, ficarei sozinho. Não conseguirei lidar com isso lá embaixo. É tão difícil! Eu não quero voltar nunca mais para aquele lugar". Um dos deuses, porém disse-lhe: "Olhe, quando você voltar para casa, não verá mais as coisas do mesmo jeito que via no passado. Antes, você olhava o céu e as árvores, mas agora, depois de uma semana, você já vê realmente o céu e as árvores. Não tenha medo de voltar pra casa. Com os seus novos olhos, novos pulmões e novos ossos você verá as coisas de maneira diferente, não precisará sofrer. E sabe de uma coisa? Mesmo quando você voltar você continuará a ver-nos.. Nós não estamos somente aqui, estaremos lá embaixo com você".

O homem então entendeu. Disse adeus aos deuses, à montanha e ao riacho e começou a jornada de volta. Mas desta vez, não levou vários anos, como para subir. Levou apenas uma manhã. Os deuses estavam certos. Quando chegou a casa com o seu novo ser, ele não viu a situação de maneira tão má e desesperante como antes. Agora ele era capaz de olhar com compaixão e clareza, o seu coração estava aberto e era capaz de redescobrir os seres humanos de uma forma nova. Ele sentiu a compaixão a cerscer nele por que viu que muitos seres humanos estavam presos a idéias, ideologias, religião e cultura e que, por isso, a sua verdadeira natureza humana não podia ser vista. Mas agora, depois de se tornar uma pessoa livre, pôde descobrir seres humanos mesmo dentro de verdadeiros cadáveres. Por isso, quando ele os olhava e os ouvia, não se sentia mais irritado ou frustrado. Com o seu sorriso, podia ajudá-los a mudar a sua situação. Ele descobriu que não estava sozinho. Todos os deuses com os quais se encontrara na montanha estavam bem ali para o ajudar e para lhe fazer companhia.

Essa história é feliz por que o homem foi capaz de passar sete dias na montanha permitindo a si mesmo ser objeto de transformação e cura através da água da compaixão. Ele não fez absolutamente nada durante o tempo em que ficou na montanha. Não praticou nada, praticou a não prática. Apenas permitiu a si mesmo ser abraçado pela montanha, pelo riacho, pelas árvores, para se renovar. Assim, ele conseguiu novos olhos, novos ouvidos, novos ossos e novo coração. Se ele tivesse ido à montanha somente para procurar idéias e respostas para levar para casa, não teria sido capaz de retornar com compaixão e sem medo. Ele não foi à montanha em busca de teorias, ideologias, táticas ou estratégias. Ele foi lá para se renovar e deixou que essa renovação ocorresse. Quando voltou para casa, não levou ensinamentos, práticas ou respostas – apenas se levou a si mesmo, totalmente renovado.

Vocês não precisam de respostas de outras pessoas sobre como mudar as suas relações pessoais e com o resto do mundo. Se vocês mudarem os seus olhos e corações, não precisarão de mais nada. Não precisam de nenhuma prática ou estratégias. Encontrem o riacho, bebam da sua água, deitem-se e permitam que a água faça o resto.

Às vezes é mais fácil ficar com raiva do que expressar o seu próprio sofrimento. Os israelitas pensam que não são árabes, mas são muito semelhantes aos árabes. São seres humanos. Eles não querem morrer, mas viver em segurança. Eles querem fraternidade, irmandade e paz. Estamos separados por nomes como "Budista", "Cristão", "Judeu", "Muçulmano". Quando ouvimos uma dessas palavras, vemos uma imagem e sentimo-nos alienados, não nos sentimos conectados. Construímos muitas estruturas para estarmos separados uns dos outros e para fazermos sofrer os outros. Por isso é importante descobrir o ser humano na outra pessoa, e ajudar a outra pessoa a descobrir o ser humano em nós. Como seres humanos, somos exatamente o mesmo. Se você tem muitas camadas de roupa sobre si mesmo, você evita que outras pessoas vejam você como um ser humano. Ser "Budista" pode ser uma desvantagem, por que se você carrega esse título pode ser um obstáculo e as pessoas podem não ser capazes ver o ser humano em você. Da mesma maneira se você carregar a marca "Muçulmano", pode fazer muitas pessoas se desviarem de você, pois elas estão tão agarradas a essas noções que não podem reconhecer-se umas às outras como seres humanos. É uma pena. É por isso que o Mestre Lin Chi disse que você tem que queimar todos esses obstáculos, deitá-los fora e queimá-los. Esta é uma prática verdadeira - queimar tudo para que o ser humano seja revelado. Este é o trabalho da paz.

Em 1963, eu estava sentado com alguns dos meus estudantes no campus da Universidade de Columbia em Nova Iorque. A manhã estava linda, o sol estava a brilhar e estávamos a conversar entre nós sobre a prática budista de remover conceitos. De repente, alguém passou, parou, olhou para mim por alguns segundos e perguntou: "Você é budista?". Olhei para ele e disse "Não". Disse uma mentira? Espero que os meus estudantes me tenham entendido naquele momento. Se eu tivesse dito "Sim, sou budista", ele poderia ser apanhado pela idéia do que um budista deva ser, e isso não irá ajudá-lo. Assim, "Não" foi de mais ajuda que um "Sim". Esta é a linguagem do Zen. Se você diz ou faz alguma coisa é para ajudar a desfazer os nós nas mentes das pessoas e não as amarrar. É por isso que a linguagem que usamos deve ter como objetivo a libertação.

Quando ouvimos os palestinianos e todo o sofrimento pela qual passam, entendemos o seu sofrimento por que sofremos também. Não queremos comparar o nosso sofrimento com o deles, mas entendemos o sofrimento como uma realidade. Esta é a Primeira Nobre Verdade, "o sofrimento existe". É claro, queremos que o sofrimento acabe. Não queremos que eles sofram mais. E se alguém dissesse: "Estamos a sofrer. Fomos vítimas. Você ficará do nosso lado? Você estará comigo para se opor a todos aqueles que criaram esse sofrimento?". Então seria muito difícil de responder. Você está com eles, compreende profundamente o seu sofrimento, mas se pedem para você se juntar a eles na luta pela destruição daqueles que acreditam ser seus inimigos, você reluta, você sabe que eles tentaram esse método por vários anos e não conseguiram. Eles não estavam sozinhos nesta luta - tiveram apoiantes tanto no país quanto no estrangeiro, mas essa corrente de ação - tentar destruir os chamados inimigos - não deu em nada e, de fato, não diminuiu o sofrimento, apenas o aumentou.

Reluto em dizer que estou do seu lado, que eu apoio vocês de todo coração, que farei tudo o que vocês quiserem que eu faça. Não estou pronto pra escolher um lado assim. Eu perguntaria: "Sim, estou pronto para ficar do seu lado, mas você está pronto para ficar do meu? Sou um ser humano como você, você sabe qual o meu lado? É o de que o sofrimento deve parar. Concordo com você que algo tem de ser feito e deveria ter sido feito para parar o sofrimento. Mas eu não posso concordar com outras coisas da sua posição. Quero agir, quero ter compaixão, mas não quero agir baseado na raiva, na violência e na discriminação. Se você ficar do meu lado, estarei com você cem por cento".

Quando você apoia alguém, você traz consigo todo o seu ser nesse apoio. No seu ser está a sua sabedoria e compaixão. Sem essa sabedoria e compaixão você não pode apoiar ninguém. Se eu ficar do seu lado, não vai significar que eu irei ajudar a construir uma cerca, destruir uma cidade ou levar uma bomba para explodir os passageiros. Apesar de estar com você no seu sofrimento e no seu desejo de acabar com o sofrimento, não posso estar com você nesse tipo de ação. Acredito que existem muitas maneiras de acabar com o sofrimento e ajudar os chamados inimigos a também acabar com o sofrimento deles. Para mim existe um caminho bastante claro. Se mantivermos os venenos do desespero, da raiva e da violência dentro de nós, continuaremos a sofrer, e qualquer acção que fizermos não beneficiará ninguém.

Por isso, ir à montanha, deitar-se e deixar que a água da compaixão transforme você e remova esses venenos é crucial. Não estou aqui na montanha para pedir aos deuses que se juntem a mim no combate aos meus inimigos. Estou aqui para permitir aos deuses que me ajudem a remover os venenos da violência, medo, desespero e raiva. Então eu sei que, quando eu voltar para casa como uma nova pessoa, poderei ajudar muitas outras pessoas, pois desta vez, estarei equipado com os elementos da compreensão, compaixão, serenidade e solidez.

A injustiça é sofrida pelos dois lados. Os palestinianos têm sofrido muito. E quando os israelitas vêm e descrevem para nós o seu sofrimento, somos capazes de ver que também têm sofrido. Esse tipo de compreensão é crucial. Uma vez que a compreensão e a compaixão tenham nascido no nosso coração, os venenos da raiva, discriminação, ódio e desespero serão transformados. Por isso é que a única resposta é remover o veneno e deixar que o insight e a compaixão entrem. Então eles irão descobrir-se uns aos outros como seres humanos e não ficarão desapontados com as aparências externas como "Budismo", "Islão", "Judaísmo", "Pró-americano", "Pró-árabe" etc. Este é o processo de libertação da nossa ignorância, idéias e noções e da nossa tendência a discriminar. Quando vejo você como um ser humano que sofre bastante, não terei coragem de atirar em você. Pedirei a você que venha trabalhar comigo para que tenhamos a oportunidade de vivermos juntos em paz. É uma pena - a Terra é tão bonita e existe ainda tanto espaço para todos - que continuemos a matar-mo-nos uns aos outros.

(Retirado do Capítulo V do livro de Thich Nhat Hanh - "Peace Begins Here: Palestinians and Israelis Listening to Each Other" - Tradução Samuel Cavalcante)
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(texto enviado por Lécio ferreira)